segunda-feira, 4 de outubro de 2010

CRÍTICA ESTÉTICA

“DESTROYED JEANS”

Sabe-se que a calça jeans, por ser um elemento versátil e atemporal, tornou-se uma peça indispensável no mundo e no mercado da moda. Sua utilização em larga escala, é atribuída a sua durabilidade, e por ser um tecido de alta resistência, originalmente eram usadas por trabalhadores.
            O conceito do jeans muda quando deixa de ser visto como algo meramente útil e passa a ser visto como peça indispensável para o uso no cotidiano. Com a inserção do poliéster e elastano em sua composição, houve melhora no caimento levando à maior valorização das curvas femininas.
            Há outra mudança de valor simbólico do jeans que foi gerada pelo advento do movimento punk, por volta de 1977. A vestimenta tradicional (que na verdade nada tinha de tradicional) deste movimento possuía como um de seus itens a calça jeans rasgada. O rasgo, em calças ou em qualquer outra peça, possuía conotação de descuido e desleixo, e sendo os "punks" contestadores natos, utilizaram do rasgo e da roupa puída como um grito contra os valores sociais da época, que nada tinham a ver com roupas detonadas, rasgões e rebites. O jeans rasgado, aqui, simboliza o protesto, a anarquia, a não adequação as regras da sociedade.
 Hoje em dia temos vários tipos de lavagens e modelagens quando se diz respeito à calça azul, e podemos transitar do modelo mais clássico ao mais detonado e rasgado. Essa possibilidade se deu ao grande movimento do mercado de moda e a sua mutabilidade, sempre trazendo à tona diferentes fontes e referências culturais, trazendo o passado para o presente (com aquele twist que só a moda sabe dar) e é claro que a publicidade dá o seu "empurrãozinho" para que o nosso desejo de consumo esteja ali, sempre latente. Além disso, vale salientar que o desejo por uma calça rasgada não se restringe as pessoas que possuem estilo alternativo: a moda mistura o jeans rasgado com um salto Louboutin, bolsa Chanel e, sobretudo Burberry sem problema algum.
            A atitude rebelde do rasgo virou, enfim, ícone adorado e aderido pela maioria. Passou de contestação a símbolo fashion. O rasgado, agora chamado de destroyed, simboliza a mistura do despojamento a sofisticação. Há ainda quem diga que é necessária certa atitude para aderir o rasgo e há quem diga que aquele rasgão apareceu ali sem querer (mentira! rasgou que nós sabemos!). Mentiras à parte, sabemos que a atitude "to-nem-aí" na moda se mostra mais forte do que nunca, e parece que veio pra ficar (pelo menos mais uma estação!).

domingo, 3 de outubro de 2010

ELEMENTOS ESTÉTICOS DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA


CONCEITOS
·         Perfeição das formas ( segmento áureo, formas geométricas regulares, sequência de Fibonacci) 
·         Número (número de ouro)
·         Movimento
·         Realismo
·         Antropomorfismo
·         Simetria
·         Harmonia
·         Proporção
·         Equilíbrio
·         Ordem
·         Naturalismo
·         Idealismo
·         Euritmia (adaptação das proporções às necessidades da visão)
·         Leveza
·         Simplicidade/Tranquila grandeza
·         Grandeza monumental
·         Representação de uma idéia

CORES
·         Vermelho escuro
·         Púrpura
·         Preto
·         Branco
·         Azul
·         Amarelo
·         Dourado

Materiais
·         Gesso (afresco)
·         Vitral
·         Mármore
·         Seda
·         Linho
·        

Elementos e Padrões
·         Linhas cruzadas
·         Linhas onduladas
·         Motivos florais
·         Transparência
·         Amarrações
·         Franzidos
·         Bordados

TEORIA ARISTOTÉLICA DA BELEZA


A Beleza como harmonia e proporção

A visão aristotélica do mundo é fundamental para entendermos a sua idéia de Beleza. Para Aristóteles, o mundo, vindo do caos, passou a ser regido por uma harmonia. Mas é como se ainda restassem vestígios da desordem anterior, e parece-nos como se o mundo e os homens estivessem sempre numa luta incessante para levar adiante a vitória incompleta da harmonia pelo caos.
Segundo o pensamento de Aristóteles, diferente do pensamento de Platão, a Beleza de um objeto não depende de uma maior ou menor participação numa Beleza suprema, absoluta, subsistente por si mesma no mundo supra-sensível das Essências puras. Decorre, apenas, de certa harmonia, ou ordenação, existente entre as partes desse objeto entre si e em relação ao todo. É necessário ter harmonia, proporção e Grandeza. Por exemplo: Uma mulher bonita e bem proporcionada, mas pequena, pertence ao campo Gracioso, mas não ao do Belo, por ter o elemento grandeza. Mas, digamos que algo pequeno fosse aumentado, e passasse a ter grandeza, mesmo assim não passaria a ser Belo, pois sairia da sua natureza e não teria mais harmonia.
A grande contribuição de Aristóteles para a Estética foi, primeiro, a de retirar a Beleza (considerada nos objetos sensíveis) da esfera ideal em que a colocara Platão, tentando encontrar sua essência nos próprios dados das coisas, fazendo da beleza uma propriedade particular do objeto. Sua segunda contribuição foi à inclusão do Feio no campo estético e expresso como uma desarmonia.
De fato, para Aristóteles, a Beleza do objeto não estria nele, mas sim nas repercussões que ela desencadeia no espírito do contemplador, ou seja, Beleza é o objeto que agrada ao sujeito pelo simples fato de ser apreendido e fruído.
Assim, resumindo, pode-se dizer que, para Aristóteles, a Beleza é uma propriedade do objeto e consiste, principalmente quando aparece como belo, na harmonia das partes de um todo que possua grandeza e medida. A beleza consiste, portanto, de harmonia, grandeza e proporção.
“o espírito, ao ser movido pela Beleza, normalmente se põe a refletir sobre aquilo que viu e lhe causou prazer.”

SUASSUNA, Ariano. Iniciação à Estética. Rio de Janeiro: Ed. José Olympio, 2009.

TEORIA PLATÔNICA DA BELEZA


O conceito de beleza pode ou não ser abordado filosoficamente?
Os irracionalistas negam, em nome da liberdade, principalmente num campo como o da arte, onde imperam os dons individuais sempre desiguais e imprevisíveis, mas o filósofo Platão aborda este conceito em sua obra.
            A teoria platônica da Beleza e da Arte depende de sua visão geral de mundo. O universo estaria  dividido em dois mundos: o mundo em ruína e o mundo em forma.
-O mundo em ruína é o mundo em que vivemos, é o mundo da morte, da feiura, da decadência.
- O mundo em forma é o mundo das essências, das idéias, do eterno, do imutável. É o que existe acima do nosso.  Neste mundo a Verdade, a Beleza e o Bem são essências. 
Por isso, para Platão, a alma exilada no mundo em ruínas, ou seja, nossas almas, seriam invencivelmente atraídas pela Beleza, pois sua pátria natural é o mundo das essências onde conviveu com a Beleza suprema.  A alma humana, que é eterna, que é essência, sofre decadência ao unir-se ao corpo material e a fazer parte do mundo em ruínas exatamente por já ter contemplado a Beleza, a Verdade e o Bem absolutos, não consegue se satisfazer  com o que encontra no mundo em ruína, no mundo da feiúra e busca incessantemente a beleza absoluta. É como se dificultosamente, a alma lembra-se das realidades que contemplou numa outra vida.
O caminho da alma é o amor.
 “somente os indivíduos inferiores ficam satisfeitos com a forma mais grosseira de amor, a do amor físico.”

“DESTROYED JEANS” (correção)


Originalmente a calça jeans usada por mineradores do Oeste americano em meados do século XIX, substituiu a calça de algodão que rasgava com facilidade e não atendia às necessidades destes trabalhadores. Com algumas modificações do comerciante Levi Strauss e do costureiro Jacob Davis a primeira calça jeans foi registrada. No final do século XIX o modelo mais famoso de jeans produzido com brim azul, a calça 501 da marca Levi’s, foi criado.
No século XX sua utilização em larga escala, foi atribuída à sua durabilidade por ser um tecido de alta resistência, além disso, a calça jeans, conhecida como calça de brim índigo blue, tornou-se uma peça de roupa em voga no mundo e no mercado da moda por ser considerada versátil e peça chave no armário de muitas pessoas.
            O conceito do jeans muda quando deixa de ser visto como algo meramente útil e passa a ser visto como peça quase que indispensável para o uso cotidiano. Com a inserção do poliéster e elastano em sua composição, houve melhora no caimento.             Com o movimento punk, por volta de 1977, houve outra mudança de valor simbólico do jeans. A vestimenta tradicional deste movimento (que na verdade nada tinha de tradicional) possuía como um de seus itens a calça jeans rasgada. O rasgo, em calças ou em qualquer outra peça, possuía conotação de descuido e desleixo, e sendo os "punks" contestadores natos, utilizaram do rasgo e da roupa puída como um grito contra os valores sociais da época, que nada tinham a ver com roupas detonadas, rasgões e rebites. O jeans rasgado, aqui, simboliza o protesto, a anarquia, a não adequação às regras da sociedade.
 Hoje em dia temos vários tipos de lavagens e modelagens quando se diz respeito à calça jeans, e podemos transitar do modelo mais clássico ao mais detonado e rasgado. Essa possibilidade se deu ao grande movimento do mercado de moda e a sua mutabilidade, sempre trazendo à tona diferentes fontes e referências culturais, trazendo o passado para o presente (com aquele twist que só a moda sabe dar) e é claro que a publicidade dá o seu "empurrãozinho" para que o nosso desejo de consumo esteja ali, sempre latente. Além disso, vale salientar que o desejo por uma calça rasgada não se restringe as pessoas que possuem estilo alternativo: a moda mistura o jeans rasgado com um salto Louboutin, bolsa Chanel e, sobretudo Burberry sem problema algum.
            A atitude rebelde do rasgo virou, enfim, ícone adorado e aderido pela maioria. Passou de contestação a símbolo fashion. O rasgado, agora chamado de Destroyed, tanto pode simbolizar despojamento como sofisticação. Há ainda quem diga que é necessária certa atitude para aderir o rasgo e há quem diga que aquele rasgão apareceu ali sem querer (mentira! rasgou que nós sabemos!). Mentiras à parte, sabemos que a atitude "tô-nem-aí" na moda se mostra mais forte do que nunca, e parece que veio pra ficar (pelo menos mais uma estação!).