domingo, 3 de outubro de 2010

TEORIA PLATÔNICA DA BELEZA


O conceito de beleza pode ou não ser abordado filosoficamente?
Os irracionalistas negam, em nome da liberdade, principalmente num campo como o da arte, onde imperam os dons individuais sempre desiguais e imprevisíveis, mas o filósofo Platão aborda este conceito em sua obra.
            A teoria platônica da Beleza e da Arte depende de sua visão geral de mundo. O universo estaria  dividido em dois mundos: o mundo em ruína e o mundo em forma.
-O mundo em ruína é o mundo em que vivemos, é o mundo da morte, da feiura, da decadência.
- O mundo em forma é o mundo das essências, das idéias, do eterno, do imutável. É o que existe acima do nosso.  Neste mundo a Verdade, a Beleza e o Bem são essências. 
Por isso, para Platão, a alma exilada no mundo em ruínas, ou seja, nossas almas, seriam invencivelmente atraídas pela Beleza, pois sua pátria natural é o mundo das essências onde conviveu com a Beleza suprema.  A alma humana, que é eterna, que é essência, sofre decadência ao unir-se ao corpo material e a fazer parte do mundo em ruínas exatamente por já ter contemplado a Beleza, a Verdade e o Bem absolutos, não consegue se satisfazer  com o que encontra no mundo em ruína, no mundo da feiúra e busca incessantemente a beleza absoluta. É como se dificultosamente, a alma lembra-se das realidades que contemplou numa outra vida.
O caminho da alma é o amor.
 “somente os indivíduos inferiores ficam satisfeitos com a forma mais grosseira de amor, a do amor físico.”

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